Hexa ou Cadeia? Ancelotti, novo técnico do Brasil, enfrenta pedido de prisão e risco de quatro anos na prisão

Ancelotti é anunciado como técnico do Brasil, mas ameaça de prisão por fraude fiscal gera tensão

Nesta segunda-feira (12), a CBF confirmou Carlo Ancelotti como novo técnico da Seleção Brasileira, encerrando meses de especulações. O italiano assume a missão de levar o Brasil ao hexacampeonato na Copa do Mundo de 2026, mas sua chegada ocorre em meio a um problema judicial na Espanha, onde ele pode enfrentar quase cinco anos de prisão por suposta fraude fiscal.

Acusação milionária e pedido de prisão

No início de junho, Ancelotti prestou depoimento após ser acusado pelo Ministério Público Espanhol de ocultar cerca de 1,2 milhão de euros (R$ 7,5 milhões) em rendimentos entre 2014 e 2015, durante sua primeira passagem pelo Real Madrid. As autoridades afirmam que o técnico declarou seus salários, mas teria omitido ganhos com direitos de imagem e imóveis.

O promotor pede 4 anos e 9 meses de prisão, alegando que houve "fraude, ocultação e omissão". O caso foi reaberto recentemente, aumentando a pressão sobre o treinador.

Defesa pede absolvição e critica Justiça espanhola

A equipe jurídica de Ancelotti nega as acusações e argumenta que ele não teve informações claras sobre o contrato com o Real Madrid. Segundo o advogado Carlos Zabala, o clube propôs um salário líquido de 6 milhões de euros (R$ 37,9 milhões) por temporada, com 15% em direitos de imagem, mas o técnico não teria pleno conhecimento das obrigações fiscais.

Zabala também acusou a Justiça espanhola de expor seu cliente ao "ridículo público" e afirmou que o caso poderia ter sido resolvido sem chegar a tribunal.

Impacto na Seleção Brasileira?

Apesar da situação judicial, a CBF mantém Ancelotti como escolha para o comando técnico a partir de 2025. A entidade afirmou que está "ciente do processo", mas não vê obstáculos para sua posse.

Enquanto a torcida brasileira espera pelo sonho do Hexa, o técnico terá que lidar com a batalha judicial na Espanha. Se condenado, ele poderá recorrer, mas o caso deve permanecer como um ponto de tensão em seu novo desafio à frente da Amarelinha.

O que pesará mais: a busca pelo título mundial ou a ameaça de uma condenação? O Brasil torce para que o Mister resolva seus problemas e foque apenas em trazer de volta a glória ao futebol nacional.