Governo Lula teme impacto de possíveis sanções dos EUA a Alexandre de Moraes sobre bancos brasileiros

O governo brasileiro está em alerta diante da possibilidade de os Estados Unidos aplicarem sanções ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, com base na Lei Global Magnitsky. A preocupação central é que tais medidas possam afetar instituições financeiras brasileiras que operam em território americano e realizam transações em dólar.

Robson Ramos

6/1/2025

Governo Lula teme impacto de possíveis sanções dos EUA a Alexandre de Moraes sobre bancos brasileiros

O governo brasileiro está em alerta diante da possibilidade de os Estados Unidos aplicarem sanções ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, com base na Lei Global Magnitsky. A preocupação central é que tais medidas possam afetar instituições financeiras brasileiras que operam em território americano e realizam transações em dólar.

Entenda o caso

A tensão teve início após o deputado republicano Cory Mills questionar o secretário de Estado dos EUA sobre possíveis represálias ao ministro Moraes, alegando violações de direitos humanos. Em resposta, o secretário indicou que o caso está sob análise, aumentando a possibilidade de sanções. A situação foi agravada por articulações do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que tem buscado apoio nos EUA para penalizar o magistrado brasileiro.

O que é a Lei Global Magnitsky?

Aprovada em 2016, a Lei Global Magnitsky permite que o governo dos EUA sancione indivíduos estrangeiros envolvidos em corrupção ou violações graves de direitos humanos. As sanções podem incluir o congelamento de ativos nos EUA, restrições de visto e proibição de transações financeiras com entidades americanas.

Possíveis impactos para o Brasil

Caso as sanções sejam aplicadas, há temor de que bancos brasileiros com operações nos EUA sejam afetados, enfrentando restrições em transações internacionais e acesso ao sistema financeiro americano. Além disso, empresas de tecnologia americanas poderiam ser obrigadas a suspender serviços vinculados ao ministro, como contas de e-mail e plataformas de pagamento.VEJA+1VEJA+1

Reações internas

O governo Lula, por meio de seus ministérios e do Palácio do Planalto, está avaliando os possíveis desdobramentos e preparando estratégias para mitigar os impactos. Há também preocupações sobre a soberania nacional e a possibilidade de retaliações diplomáticas, caso a situação evolua para uma crise entre os dois países.

A situação permanece em desenvolvimento, e o governo brasileiro acompanha de perto as movimentações em Washington, buscando preservar os interesses nacionais e evitar danos às instituições financeiras e à economia do país.