"Filme de terror de 2017 'previu' morte do Papa Leão XIV antes mesmo de sua eleição"

Nos últimos dias, um filme de terror disponível na Netflix ressurgiu como tema de debates nas redes sociais – não por suas cenas assustadoras, mas por uma coincidência histórica. "El Habitante", longa dirigido pelo uruguaio Guillermo Amoedo em 2017, exibe nos primeiros minutos uma manchete fictícia anunciando a morte do Papa Leão XIV. O detalhe, que parecia apenas um recurso de roteiro, ganhou contornos surreais em 2025, quando o cardeal Robert Prevost foi eleito pontífice e adotou exatamente o mesmo nome – algo que especialistas não consideravam entre as opções mais prováveis.

De onde veio o nome no filme?

Em entrevista ao jornal argentino Clarín, Amoedo revelou que a escolha de "Leão XIV" surgiu em 2015, durante a pesquisa para o roteiro. O diretor consultou profecias medievais – incluindo as visões de São Malaquias e os escritos de Santa Hildegarda de Bingen –, além de teorias sobre antipapas.

"Não foi premonição, mas uma construção a partir de textos antigos", afirmou o cineasta, que usou a cena do noticiário como pano de fundo para a trama principal: três irmãs que descobrem um segredo macabro ao invadir a casa de um político.

Coincidência ou mistério?

A manchete fictícia aparece no terceiro minuto do filme, antes mesmo dos créditos iniciais. Para teóricos da conspiração, o caso reacende discussões sobre profecias autorrealizáveis. Já o Vaticano evitou comentários, mantendo o foco no atual pontificado.

Enquanto isso, "El Habitante" volta ao topo das buscas na plataforma de streaming, agora sob um novo olhar: o de um filme que, involuntariamente, antecipou um capítulo da história da Igreja.