Banco do Brasil (BBAS3) em forte queda: ações caem 12% e cenário pode piorar?
O Banco do Brasil (BBAS3) enfrenta uma queda acentuada no mercado, com suas ações despencando 12% em um único dia. Investidores estão preocupados com a possibilidade de mais desvalorização pela frente, diante de um cenário econômico desafiador. O que está por trás dessa queda brusca? E será que o pior ainda está por vir?
Robson Ramos
5/16/20252 min read


Banco do Brasil (BBAS3) despenca 12% após lucro frustrante e incertezas regulatórias
Sexta-feira, 16 de maio de 2025 – As ações do Banco do Brasil (BBAS3) entraram em forte queda nesta sexta-feira, recuando 12% para R25,76 por volta das 10h50, após sair divulgação de um lucro líquido R 7,8 bilhões no primeiro trimestre, 20% abaixo das expectativas do mercado, que projetava R$ 9 bilhões. O resultado surpreendeu até os analistas mais pessimistas e levou a uma onda de revisões de recomendações por parte das corretoras.
O que pressionou os resultados?
O banco enfrentou uma "tempestade perfeita", com:
Aumento da inadimplência no agronegócio (um risco já monitorado desde o 3º trimestre de 2024);
Impacto da Resolução nº 4.966 do BC, que elevou as provisões obrigatórias, pressionando a margem financeira e o ROE (Return on Equity);
Suspensão do guidance: O BB retirou suas projeções para lucro, margem financeira bruta e custo de crédito, sinalizando incertezas.
Corretoras reavaliam BBAS3
Bradesco BBI: Cortou de "compra" para "neutro", com preço-alvo de R$ 31 (potencial de alta de apenas 5%).
Genial Investimentos: Reduziu de "compra" para "neutro", ajustando o preço-alvo de R41,40 para R41,40 para R 31,40 – um corte de quase R$ 10.
Ambas as instituições destacaram preocupações com a qualidade dos ativos, pressões regulatórias e um cenário mais desafiador em 2025. O Bradesco BBI ainda revisou suas estimativas de lucro para 2025 e 2026, reduzindo-as em 19%, para R32,6bi e R32,6bi e R 36,1 bi, respectivamente.
Perspectivas para 2025: mais turbulência?
Analistas alertam para possíveis deteriorações adicionais nos próximos trimestres, com:
Piora na inadimplência em algumas carteiras no 2º semestre;
Pressões contínuas no crédito rural;
Dificuldade de crescimento da receita.
A Genial projeta um ROE sustentável de 16,5%, abaixo do custo de capital próprio (18,05%), indicando que o atual múltiplo de 0,89x P/VPA pode não ser suficiente para justificar uma recomendação de compra no curto prazo.
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Conclusão: Apesar do valuation atrativo, o Banco do Brasil enfrenta um cenário de incertezas que deve manter os investidores em modo de cautela. A pergunta que fica é: o pior já passou ou ainda há mais desvalorização pela frente?
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